Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
sábado, 23 de novembro de 2013
Claramente
Henri-Rousseau |
Entardece suavemente...
Hipersensível, alucinada, demente?
Atentamente confusa
Como esta luz difusa...
Medusa, fria, cheia de gravidade?
Apaixonada, doçura, suavidade?
Entardece e enaltece
Esse azul que não atinjo.
Entardece e escurece
A emotividade com que me cinjo.
Fica somente o Amor iluminando,
Estes estranhos ecos ecoando!
Silêncio, Amor, Verdade:
Bastiões da minha sinceridade.
E o resto de que me conotais
Pouco me atinge - não temais!
É noite, eu amo-a, vagamente,
Pois me acolhe serena e paciente!
Ana
sábado, 16 de novembro de 2013
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Obrigada, São.
Hokusai, xilogravura do séc. XIX |
Descobri que a minha amiga São gosta muito de um género de poesia japonesa designado por haiku ou haikai. Não resisto a ter a ousadia de tentar esse difícil e conciso poema de três versos de cinco sílabas, para lhe agradecer a generosidade que me tem dedicado.
Obrigada, São Banza!
Voam jovens aves
Levam silêncios
Pesados e graves
(Sei que me sabes ler. Aí, só uma palavra terá sentido literal...nada me dói mais na minha profissão.)
Galeria:
domingo, 10 de novembro de 2013
Haiyan
Filipinas - Novembro, 2013 (O Fluminense, br) |
No afago tão calmo do meu país cheio de sol e de luz, nem sequer uma folha o vento agita. Só os homens, alterados, silenciam ou gritam o peso dos dias. A luz deste Verão outonal deslumbra, porque a capa de São Martinho - dizem - abriga, reconforta e acaricia.
Lá longe, tão perto deste íntimo humano, os homens apodrecem ao relento...
Sabemos, então, que o Grande Arquitecto do Universo vai desenhando o Futuro.
Ptolomeu já não escreve epístolas a Flora...
Ptolomeu já não escreve epístolas a Flora...
Ana
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Rente ao muro
Jacek Yerka |
O teu olhar quieto
Aberto ao futuro,
Ave súbita...
Rasgando o deserto.
O teu olhar seguro,
Luz aguda
Rente ao muro
Incerto...
Ana
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