Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
sábado, 18 de outubro de 2014
Modos de ver
V. Kush |
Lá fora há uma guerra qualquer e novas pestes globais vêm de regresso. Atravesso o vento e o silêncio deste Levante rude em que habito. Há, noutros sítios, lugares de fugaz maravilha onde os homens caminham sorridentes. Aqui, fustigados pela fúria de tantas intempéries, temos ainda o dever da coragem.
V. Kush |
Mesmo que na difícil jornada a injustiça se refaça a cada gesto e que a verdade se retraia medrosa e castigada. Mesmo que a penumbra incerta do futuro se tenha convertido a uma terminologia nova e frágil. Mesmo que sibaritas indolentes se posicionem nos salões.
V. Kush |
E se o Outono húmido apodrece nas esquinas dos lugares, os dias esgotados envelhecem devagar e lutam ainda! Os sonhos dos homens perduram e reinventam as veredas da esperança.
Não desistas...
V. Kush |
Procura a maravilha.
Onde um beijo sabe
a barcos e bruma.
No brilho redondo
e jovem dos joelhos.
Na noite inclinada
de melancolia.
Procura.
Procura a maravilha.
Onde um beijo sabe
a barcos e bruma.
No brilho redondo
e jovem dos joelhos.
Na noite inclinada
de melancolia.
Procura.
Procura a maravilha.
Eugénio de Andrade
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Zela por nós
José Alves |
Zela por nós a serena luz da tarde.
O caos tão perto aperta seu cerco
E no mar interno uma guerra arde,
Ruína e sangue, mediterrâneo berço.
A vida fútil arrasta o seu limiar oco
Pelas praças da polis envelhecida.
Vigia-nos este mar e a voz do siroco
Traz-nos cedros e a turba enfurecida...
Ana
domingo, 5 de outubro de 2014
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
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